Monday, January 8, 2007

AULA 4: RELAÇÕES PÚBLICAS... O COSTUME!

As Relações Públicas são uma das técnicas de comunicação mais utilizadas na nossa sociedade; são uma forma de promover o produto, pessoa ou instituição. Define-se como um conjunto de actividades destinadas a estabelecer um clima favorável entre uma entidade pública ou privada e os seus diversos públicos, ou seja, qualquer empresa precisa de saber produzir, organizar e gerar informação para o seu público, trabalhando para que a imagem de certa instituição seja a melhor possível. Em geral, envolve planeamento e investimento a longo prazo, mas também alcança resultados imediatos.

1) Ajudam a aumentar as vendas ou o poder de alguém, um contacto com o jornalista, ajudando ao mesmo tempo a promover uma imagem positiva e/ou a minimizar as mensagens negativas. Desenvolvem e destacam o relacionamento institucional e mercado lógico com os públicos estratégicos, identificando oportunidades e necessidades de comunicação da instituição com a sociedade, seja em situações harmónicas ou controversas.
Planeiam, executam e avaliam as políticas de relacionamento da instituição, de maneira ética e estratégica, com todos os segmentos sociais. Constroem, mantêm ou reformam a reputação positiva de uma instituição, seja ela um produto, uma marca, uma entidade ou uma pessoa.
O Marketing surgiu como resposta à necessidade que as empresas têm de promover e dar a conhecer os seus produtos a uma sociedade com uma concorrência cada vez mais competitiva e feroz.
Como tal, é uma técnica que auxilia outras ferramentas em que se destaca a publicidade que está cada vez mais direccionada para a manutenção da marca, enquanto as Relações Públicas são cada vez mais usadas para a promoção e lançamento dos produtos.

2) Baseiam-se na intermediação da mensagem, ou seja, numa terceira pessoa que normalmente é famosa e aparentemente não tem qualquer interesse na divulgação do produto, marca ou pessoa, vai dizer ao público alvo da organização que aquilo é de qualidade (no caso do produto) ou que podem confiar no que o candidadto diz à Câmara (no caso das eleições há sempre pessoas conhecidas que se associam a isto). Só o facto de ser uma terceira pessoa a dizer a mensagem em vez do próprio aumenta substancialmente a sua credibilidade.
Para tudo isto é necessário uma empresa ter de “inventar” quadros para gerar notícia; tem de ter um bom relações públicas para promover a sua imagem salvaguardando a tentação de nunca associar o cargo a um sentido pejorativo.
É por isso que, cada vez mais, o termo relações públicas “se transvertiu” em (simpáticas) empresas de comunicação tanto a nível empresarial como em termos de consultaria ou de marketing institucional. Ora, se existe um problema terminológico, é primordial contorná-lo recorrendo à “maquilhagem” das palavras. O que não pode (nunca) passar para o exterior é a conotação ancestral que rodeia as RP – associadas à vida boémia, à animação nocturna ou ao período ócio.

Se formos, por exemplo, ao Chic numa sexta-feira à noite quem encontramos a “dar a cara” pela discoteca? Rita Elígio, Raquel Loureiro, participantes do Big Brother como a Liliana Aguiar, enfim caras conhecidas do público mas que nem formação têm para gerir tal cargo, isto é, são RP porque está na moda um espaço de lazer ter alguém atractivo a representar a casa, muitas vezes para dançar apenas em cima do balcão ou ao lado do DJ.
Tal como diz J. Martins LAMPREIA “… esta profissão foi durante muito tempo o refugio de certos espécimes sociais, tais como as chamadas ‘senhoras de boas famílias’ que desejavam ocupar algumas horas de ócio num trabalho que não fosse muito pesado, ou antigas estrelas do desporto e reformados de altos cargos públicos e altas patentes das forças armadas na reserva que, por pertencerem aos quadros de uma empresa, supostamente ajudam a realçar o prestígio desta”.

Ao contrário temos Jacinta Correia e José Rui que gerem os convidados dos programas Praça da Alegria e Portugal No Coração. São eles quem passa toda a informação aos apresentadores acerca de quem vai estar no programa e socializa a fim de construir ou manter a reputação positiva da estação pública de televisão, tendo também o dever de administrar crises como a curta disponibilidade de horário de certos convidados ou o não consenso de ideias dos trabalhadores organizando ao mesmo tempo eventos como é o caso das mini feiras de gastronomia apresentadas em cada programa.

3) Aqui gera-se também o problema da concorrência que é cada vez maior, o que faz com que cada empresa adapte a mensagem e quem a vai passar.
As ferramentas usadas pelos Relações Públicas para veicular a sua imagem e influenciar o seu público acabam por ser inúmeras:

- A criação de eventos (concursos, conferências de imprensa…), pois existem determinadas marcas, caso da cerveja, que são publicitadas através dos festivais de verão, como o SuperRock/SuperBock ou Sudoeste (publicita a Sagres). Outro dos exemplos é o Festival 24 Horas TMN, que já teve no Estádio do Dragão devido à previsão de grande afluência.

- A criação de uma imagem global da empresa, ou seja, é importante que a empresa se identifique através de um logótipo ou um slogan. Exemplo mais uma vez da TMN que mudou de imagem há pouco tempo transparecendo o azul-bebé ou da Coca-Cola que todos conhecem como sendo a inventora do Pai Natal actual, isto é, de cor vermelha.

- Pesquisas de opinião: elaboradas através de várias sondagens em que são reflectidas as tendências actuais do público, as suas preferências já que são o alvo a atingir…

- Patrocínios e mecenato, isto é, que ofereçam apoios financeiros a manifestações culturais, exemplo da Caixa Geral de Depósitos que patrocina o novo centro de estágio do S.L.Benfica. Este é mais um caso de Relações Públicas pois o banco não publicita directamente o clube mas dá-se a conhecer através do apoio económico. Ou então a Sonae SGPS que se preocupa essencialmente com questões ambientais.

- Comunicação de crise que tem como objectivo minimizar os impactos negativos da crise. Por norma, utiliza-se uma estratégia planeada que recorre à elaboração de comunicados e ao reforço das relações com os “simpatizante” da empresa.

- Lobby/lobi: É o que denominamos “jogos de bastidores” que existem quando estão em discussão grandes interesses. Podemos citar Espanha ou E.U.A. como dois dos países onde existem empresas destinadas exclusivamente a lobbys.

- Relações ou Comunicação interna (público interno). Existem pelo facto de ser necessário atrair o público interno para que depois se torne mais fácil conquistar o público externo.

- Marketing político que acontece principalmente em tempo de campanha eleitoral com a propaganda do candidato. Os políticos, atentos à evolução da sociedade civil, não passam sem uma boa consultadoria de imagem e num bom trabalho de marketing.

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