Pode dizer-se então que uma candidatura política manifesta especial atenção por projectar na praça pública os defeitos e pontos fracos do seu adversário, substituindo a tradicional entrega de propaganda pelo recurso às novas tecnologias.
A partir do momento em que a Comunicação Social aborda a temática de um rumor já está a dar importância ao que não deveria ter. O espaço público mantém-se: ‘Se aparece na televisão é porque existe’. Assim, o conselheiro político, que procura ser discreto e eficaz, tem de decidir pela temporização da resposta, na medida em que o simples rumor começa a ganhar outras proporções, devido à emancipação da Internet, instrumento que facilitou a difusão de rumores.
O que está a explodir é a variedade de informação disponível na Internet: informação em bruto, sem filtragens e censuras. O veículo mais comum para a disseminação de notícias e opinião são os blogues, em proliferação massiva. Existem blogues de todas as tendências políticas possíveis. E se antes costumavam estar limitados a um pequeno grupo de pessoas que sentia a necessidade de apresentar as suas opiniões a um grupo que partilhava interesses semelhantes, hoje falamos de “blogosfera”. O termo foi cunhado em 1999 por Brad L. Graham, um especialista em comunicação ligado ao teatro, de St. Louis, em jeito de anedota, mas agora está referenciado na enciclopédia da Internet, a Wikipedia. Recentemente, a blogosfera foi reconhecida, embora relutantemente, pela imprensa como uma força real no espaço público.A emergência da blogosfera representa uma verdadeira mudança na dinâmica da gestão de informação, que já não se limita a uma elite de reconhecidos canais de media, estando disseminada por cada vez mais pessoas. De certa forma, pode mesmo afirmar-se que a informação está cada vez mais democratizada (o que é bom ou mau, dependendo do ponto de vista).
As eleições presidenciais no México, por exemplo, foram mais um caso de campanha negativa on-line onde "a Internet divulga agressividades pois está repleta de conotações negativas, críticas e ataques".
Já no Brasil, nas últimas eleições presidenciais(cortar), "a Internet teve um papel especial na divulgação de campanhas negativas", assim como no caso Leão Esperança em que circula on-line um e-mail cuja mensagem tem causado transtornos à própria televisão nacional: "Se a Rede Globo tem o poder de fazer chegar a mensagem dela a tantos milhões de televisores, também nós temos o poder de fazer chegar a nossa mensagem a milhões de computadores!"
“Crianças que têm pais fumadores vão para o céu mais cedo”.
Este é o slogan da campanha de impacto criada pela agência Serviceplan para a fundação alemã Kindergesundheit (Saúde da Criança, em português) e lançada na Internet. O público-alvo desta campanha, que começou a ser veiculada em Outubro de 2006, são os pais que fumam. O primeiro anúncio mostra uma auréola de fumaça de cigarro como uma ameaça sobre a cabeça do menino. A outra peça da campanha mostra os riscos de fumar durante a gravidez.
De acordo com estudos realizados pela Kindersundheit, fumar na gravidez causa má-formação fetal, distúrbios de crescimento e morte prematura".
Ou mesmo na Espanha, onde a infancia nem sempre é um conto de fadas:
Este é o conceito da campanha contra as várias formas de abuso infantil feita pela agência Contrapunto de Barcelona para a organização não governamental Save The Children da Espanha, que é ligada à Unicef. Nas peças de media impressa, as histórias para crianças como Branca de Neve e os Sete Anões e Alice no País das Maravilhas se transformaram em Branca de Neve e as Sete Bruxas e Alice no País dos Pesadelos. O objectivo é recrutar mais voluntários para o trabalho da ong".
Podemos então concluir que o fenómeno de canais de televisão pela Internet está a crescer, embora o blogueiro não possa aquilatar da qualidade, quantidade e sustentabilidade económica, cultural e informativa dos mesmos. Isto é, a Internet está a crescer e a aumentar a “audiência” já que mostra tudo o que todos desejam ver, inclusive todas as campanhas, essencialmente as negativas, pois são o resultado do chamamento de muitas pessoas. Na minha opinião, a Internet pode a estar a tirar ênfase à televisão já que é um meio visto a qualquer hora por qualquer pessoa que possa ter acesso a meios como o computador, o telemóvel, etc.A principal diferença está no facto de na televisão, rádio e jornais a propaganda ou lançamento das notícias ser em determinados momentos, o que está na Internet basta clicar ao instante que quiser sendo ainda privilegiado com as actualizações, daí a Internet potenciar muito mais as campanhas negativas.
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